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Inclusão Social e Páscoa

Publicado  4/22/2010


Na tentativa de quebrar preconceitos a E. E. F. Pe. Cícero, no município de Juazeiro do Norte, encontra uma forte aliada: a Páscoa.

O trabalho desta equipe de educadores se destaca pela busca de uma sociedade mais justa e participativa. Pioneira na inclusão social de crianças especiais carentes, recebe alunos de bairros como o Mutirão, o Pio XII e o Aeroporto. Ocorrendo ali a construção de uma relação harmônica de igualdade e fraternidade entre estas crianças e as outras, famílias e os funcionários que com elas lidam.

Na visão da pedagoga Maria Elisabete Pacheco, “no momento em que o conceito de páscoa é trabalhado dentro da escola, sem exaltar os cunhos comerciais e midiáticos, deixando somente o conceito real da páscoa, de ressurreição, vida transformada, isto dentro de uma visão religiosa, pode levar os alunos a refletirem para modificar as suas vidas.”

Neste contexto, esta equipe viu na páscoa uma boa oportunidade de orientar os alunos em busca da reestruturação de valores. Segundo a professora Wilna Lopes o foco é dado de forma que eles percebam que os símbolos materiais “são só mídia, só propaganda, mas que não é esse o sentido da páscoa”.

As problemáticas abordadas nesta época são, principalmente, a violência familiar, as carências afetivas e financeiras das crianças, e, principalmente, as relações sociais e afetivas independente das deficiências. Nesta realidade, desmistificar a páscoa através do debate acerca da renovação que esta representa é, também, uma luta diária.



Leylianne Alves Vieira
Livia Nobrega dos Santos

Evolução das mídias musicais: um pouco da história do vinil

Publicado  4/14/2010

(foto: Naiara Carneiro)


O disco de vinil ou LP (long play) foi criado nos EUA no início da década de 1950 por um imigrante alemão e veio para substituir os obsoletos discos de goma-laca. Na época a invenção alterou os rumos da música, pois em relação a seu antecessor possuía mais qualidade e praticidade.

O vinil é um tipo de plástico delicado e geralmente na cor preta, muito sensível à poeira. Possui ranhuras em espiral que levam a agulha do toca-discos em sentido horário da parte externa ao centro do disco. Quando a agulha vibra é produzido um sinal elétrico que depois de amplificado é transformado na música que chega aos nossos ouvidos.

Com a criação do CD (compact disc), que será abordada na próxima edição, os discos de vinil foram pouco a pouco sumindo das lojas e tornando-se cada vez mais raros, sendo objeto de desejo de colecionadores.

O colecionador José Hélio ao ser perguntado sobre o porquê de guardar os discos enquanto muitos preferiram se livrar deles, confidenciou que “é uma forma de lembrar o passado, a juventude. Meus discos são verdadeiras relíquias e parte importante da história da música”.

Naiara Carneiro

O novo mercado da música

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(imagem do site 4shared, onde se baixam músicas, vídeos e outros)

O mundo entrou em uma nova era que inevitavelmente chegaria, mas o que ninguém contava é que essas mudanças aconteceriam tão rápido e pegariam a todos desprevenidos. O mercado da música também sofreu com essas transformações e hoje se fala em sua crise.

Em um passado bem próximo o mercado da música movia muito dinheiro. A venda de discos era umas das vigas em que ele se sustentava, mas hoje, com o avanço da informatização, tudo se torna público. A pirataria e a facilidade de baixar músicas pela internet gratuitamente tem praticamente acabado com esse comércio.

A verdade é que o mercado da música tem que se reinventar para acompanhar essa evolução, investir e buscar novos meios de arrecadar dinheiro para se manter.

José Itamar

Música e Educação: essa dupla tem dado certo

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(foto: Naiara Carneiro)

Ultimamente muitos educadores brasileiros vêm utilizando a música como ferramenta de ensino na tentativa de prender a atenção dos alunos, e os resultados estão sendo positivos, pois estes passaram a entender melhor as explicações.

A música na sala de aula estimula o aprendizado, indo além do repasse dos conteúdos dos livros. Os professores afirmam que a música serve para acalmar e disciplinar as turmas mais desobedientes e desatentas, tornando-as mais criativas e com mais facilidade para se comunicarem. Estudos mostram que a música é um dos estímulos mais potentes para os circuitos cerebrais, contribuindo para o aprimoramento de outras habilidades corporais.
A professora de língua inglesa no ensino médio, Mariana Carneiro, afirma que “quando se utiliza a música, as aulas ficam mais interativas, há a quebra da rotina, além dos alunos gostarem muito”.

Em 18 de agosto de 2008 foi sancionada a lei nº11.769, que determina que o ensino de música deverá ser conteúdo obrigatório na educação básica, e as escolas públicas e privadas do Brasil deverão incluí-la na grade curricular até o ano de 2011.

Naiara Carneiro

Música: a origem

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(mulheres tocando flauta, alaúde e harpa; afresco encontrado em Tebas 1422 a 1411 a.C)

A música sempre esteve presente na história da humanidade. Há varias imagens que mostram os antigos e seus instrumentos. Acredita-se que os povos primitivos usavam a música, a priori, com caráter mágico, religioso e ritualístico para dialogar com as divindades.

Na mitologia ocidental, a música surge após a morte dos titãs com o nascimento das musas, deusas das artes, é daí que o nome música deriva, significando “arte das musas”.

Como os antigos não dispunham de muita tecnologia para confeccionarem os seus instrumentos, eles usavam pedras e pedaços de madeira que batiam sobre superfícies para produzir sons, surgindo assim os primeiros instrumentos de percussão.

Contudo, cada povo criou a sua forma particular de fazer música. E é a isso que se deve a riqueza musical que conhecemos hoje, cheia de sonoridades diferentes.

José Itamar

Como Trabalha a Fundação Araripe

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(Foto Leylianne Alves)

A Fundação Araripe utiliza várias frentes de trabalho visando o desenvolvimento sustentável na Chapada do Araripe.

Uma delas é o incentivo à saúde através da cooperação com o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Outra frente é a proteção do meio ambiente através da interação com o Conselho da FLONA, o Projeto Ítalo-brasileiro de manutenção da biodiversidade regional (MMA), e a APA Chapada do Araripe.

A preservação dos recursos hídricos junto ao Comitê da Sub-bacia do Rio Salgado também é uma meta, bem como incentivo a pesquisas através da realização de exposições paleontológicas e arqueológicas.

Outro ponto forte é a constituição de um centro de referência sobre o Araripe utilizando-se de banco de imagens e textos.

LEYLIANNE Alves Vieira

Econegócio do Piqui e do Babaçu, fornecer melhoria da para comunidade agroextrativista do Cariri

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(Foto: Leylianne Alves)

Este Projeto tornou-se progressivamente uma referência efetiva para a Zona semi-árida do Brasil, através da disseminação de práticas sustentáveis, associando ações socioambientais e econômicas de Economia Popular Solidária, que contribuam, ao mesmo tempo, para o fortalecimento e a reprodução da agricultura familiar e do agroextrativismo, e o desenvolvimento local sustentável nos Econegócios do Piqui e do Babaçu na Região do Araripe.

Oficinas e visitas programadas, para as quais foram sensibilizados e mobilizados representantes de Famílias Agroextrativistas e Escolas Rurais. Com destaque para a ampliação, o fortalecimento e a disseminação de iniciativas de Econegócio do Piqui e do Babaçu, na Área Prioritária da Região do Araripe; Promoção de Oficina de Capacitação Sobre Coleta, Tratamento, Seleção e Utilização de Sementes Florestais e Produção de Mudas.

José Aldomar Alves

15 anos de arte

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Esse mês o SESC-crato tem o prazer de receber em sua galeria de arte, o artista Gilberto Pereira. Artista conceituado na cultura cearense apresenta na sua exposição seu trabalho produzido ao longo dos seus 15 anos de carreira, que estará à disposição dos olhares do público caririense.

O trabalho de Gilberto Pereira apresenta xilogravuras, pinturas, óleo sobre tela e variadas formas de representar o cotidiano da população de um bairro simples. São diversos os temas abordados por Gilberto Pereira. A exposição acontece no período de 06 a 30 de abril, na galeria de arte do SESC-crato.

Lívia Nóbrega

Projeto SESC Cordel

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O Cordel é a tradição popular, com suas histórias e linguagem particular, torna-se um dos principais personagens da cultura caririense. O Projeto SESC Cordel tem por finalidade fazer uma conexão entre esta tradição e o ambiente onde lhe é tão bem recebido: a feira livre do Crato. Mensalmente o projeto lança e promove recitais para a divulgação de folhetos de cordel.
Neste mês, o cordel escolhido foi o do cordelista Luiz Augusto Bitu, que tem por título "A REIDE". O lançamento acontece no dia 26/04/2010, às 9h, na feira livre do Crato. Este projeto possibilita que muitas pessoas que ainda não conhecem o trabalho dos cordelistas possam conhecer, além de projetar toda a cultura do Cariri.
Adriana Ramos

Projeto Segundo Tempo

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O principal objetivo do Projeto é ocupar o tempo livre das crianças e dos adolescentes, democratizar o acesso à prática de cultura e esportes e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem em área de vulnerabilidade social. O mesmo espera contribuir para a diminuição do uso de drogas, prostituição, gravidez precoce, criminalidade e trabalho infantil.

Segundo o SESC, os resultados esperados são a melhoria da auto-estima, das capacidades e habilidades motoras, das condições de saúde e a qualificação de professores e estagiários de educação física, pedagogia e esportes envolvidos.

O SESC, em parceria com o Ministério dos Esportes, desenvolve o projeto Segundo Tempo que será realizado em várias cidades do Ceará. O Segundo Tempo ocorre três vezes por semana e tem duração de 12 meses.



Tássia Araújo

Projeto Mesa Brasil

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Atuando desde 2001, o Mesa Brasil SESC é um projeto social que visa o desenvolvimento e apoio a famílias carentes que necessitam de um eficaz programa de segurança alimentar e nutricional. Com ajuda de parceiros e voluntários, o projeto todos os meses aborda temas diversificados através de palestras, para contribuir no melhoramento e crescimento de doações e cidadania dos participantes. A abordagem desses temas apresenta maior relevância a assuntos referentes a uma boa alimentação e a educação.
Além de atuar no combate à desigualdade social, também reforça a importância de não haver desperdício e promovem a difusão de conhecimento e lições de cidadania às famílias carentes. É válido ressaltar que, além de alimentos, o projeto recebe outras doações, como, móveis, utensílios culinários, meios de transporte, etc. É o SESC através de sua ação social levando cidadania e alimentação para a mesa dos brasileiros que precisam.
Camila Brito

A Fundação

Publicado  4/13/2010


É uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), apartidária, sem fins lucrativos, com o objetivo de capacitar a população para participar da construção do seu futuro.

Sediada em Crato-CE, a Fundação Araripe atua em uma área que inclui partes dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, com 50.000 km², e com 1,5 milhão de habitantes distribuídos em mais de 70 municípios.

A estratégia da Fundação é atender estabelecer medidas que permitam o desenvolvimento humano (a educação e a saúde); científico (a pesquisa); econômico (a produção); social (a vida social); e cultural (as identidades locais e regional). Seus projetos visam atender à população e suas comunidades, aos centros de pesquisa, aos poderes públicos e às organizações sociais.


Débora Silva Costa

Do furto ao lixo

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Entre peixes, insetos mortos cravados em pedras pelo processo de fossilização que vão de R$ 40,00 a R$ 1.000,00, oferta do contrabandista, não é difícil a escolha do morador local (peixeiro): é bicho, está morto, ele e os de casa são gente e estão vivos, precisam comer para continuarem vivos!

O Parque Nacional do Araripe, maior reserva de fósseis brasileira, deveria receber investimentos em pesquisa e preservação da mesma proporção. A realidade é outra: a criação do Museu de Paleontologia juntamente com a atuação da Polícia Federais e tentativas de conscientização dos peixeiros dificulta a ação dos contrabandistas, mas não o suficiente. O contrabando (EUA/EUR) continua e pedreiras destinam fósseis ao lixo

O problema é político: a mais importante reserva está na região menos importante. A solução também – ano de eleição!

Helaine Agreilande

Projeto Araripe Pernambucano

Publicado  4/12/2010


Melhoria das condições de vida e de trabalho são, hoje, prioridades para o mundo, porém é fato que as desigualdades sociais estão presentes em todos os países. Por conta dessas desigualdades foi criado, pelo Ministério da Integração Nacional, um sistema de mesorregiões no Brasil, o qual divide o país em regiões que tem um PIB igual ou muito próximo, no intuito de diminuir essas diferenças.

O Projeto Araripe Pernambucano atua na “Mesorregião da Chapada do Araripe”, com a parceria do Ministério da Ciência e Tecnologia. O projeto tem como objetivo proporcionar a região um desenvolvimento econômico sustentável e voltar à população para inclusão social, através de saúde e educação de qualidade tanto na zona rural como nas cidades. Os projetos e melhorias são feitos com o processo participativo da população.

Higor Rodrigues

Comércio do bacalhau na páscoa

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Um dos produtos mais procurados durante esse feriado de páscoa é o bacalhau. A abstinência de carne no período da semana santa traduz um grande êxito no comércio de peixe, mas o bacalhau ainda é o preferido na mesa de muitas pessoas nessa data religiosa. Os supermercados demonstram uma grande expectativa na venda do produto que apresenta um constante crescimento a cada ano. Os consumidores também se surpreendem com o fato de que o bacalhau não sofreu alterações significativas no preço no comércio do Crato.

O peixe é um dos símbolos da páscoa. A preferência pelo bacalhau reflete de forma direta no comércio, pois há uma visível elevação na venda desse peixe, e com o feriado de páscoa se aproximando a procura pelo produto será ainda maior. A expectativa é que até o domingo de páscoa os consumidores busquem intensamente o bacalhau, afinal o preço estará em oferta durante esse período.

De acordo com o subgerente do supermercado São Luiz do Crato, Domácio Pereira,esse ano em relação ao ano passado foram comprados 15 % a mais na quantidade de bacalhau, embora tenha chegado um pouco atrasado as vendas estão boas e as perspectivas de aumento do lucro é de 15 % ,afirma.

Já o repositor, Cleiton Alves do Super mercado São Luiz, garante que o bacalhau não sofreu grande aumento neste ano, e que o preço tende a baixar até o domingo de Páscoa. A enfermeira Ana Luiza, afirma que não encontrou muitas diferenças nos valores deste ano “compro bacalhau todos os anos, e percebi que não houve grandes diferenças nos preços”, afirma.

Muitas pessoas inovam e preferem introduzir o bacalhau em receitas já conhecidas. Assim acontece todos os anos na casa da professora Tânia Maria que prepara uma receita de lasanha com bacalhau.

Lasanha de Bacalhau

Ingredientes:
-1 pacote de macarrão de lasanha.
-1/2 kg de bacalhau.
-1 lata de extrato de tomate.
-1/2 lata de creme de leite.
-700 g de queijo mussarela.
-1 copo de leite e três colheres de maisena.
-Cheiro verde, cebola e pimentão.

Modo de fazer:
Cozinhar o bacalhau com todos os temperos, logo após desfiar e colocar no caldo: leite, extrato de tomate, o leite dissolvendo a maisena. Depois adicione uma camada de macarrão e cubra com o molho e o queijo, coloque outra camada, e assim sucessivamente.


ADRIANA de Souza Ramos

CAMILA de Sousa Brito
TASSIA de Araujo Silva

A celebração da Páscoa nas diversas religiões

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A celebração da Páscoa nas diversas religiões
Como as vertentes cristãs vivem essa festa



Quando se fala em Páscoa logo nos vem à mente ovos de chocolate e coelhinhos. Essas simbologias que fazem parte do mundo social são irrelevantes no entendimento religioso da festa. Porém são hábitos que não são proibidos, contanto que não se esqueça o principal significado da data, pois da mesma forma que aconteceu com outros eventos religiosos, a Páscoa vem sendo encarada por algumas pessoas como apenas mais um evento comercial.

ORIGEM


A origem dessa celebração se deu antes mesmo do nascimento de Cristo e era comemorada simbolizando a libertação dos judeus da escravidão no Egito. A data é lembrada praticamente em todas as religiões cristãs, porém existem entre elas algumas diferenças.

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ


Para as Testemunhas de Jeová o evento é considerado o mais importante do ano onde eles relembram a Refeição Noturna do Senhor. “A gente celebra da mesma maneira que Jesus celebrou e faz basicamente o que ele fez na última ceia após o pôr do sol”, esclarece a estudante de engenharia civil Monalisa Wanderley Gonçalves. “No domingo é normal pra gente, porque pelo calendário judaico o dia da morte de Jesus cai em datas distintas ano após ano”, complementa a estudante. De acordo com a tradição das Testemunhas de Jeová este ano a data da morte de Cristo caiu no dia 30 de março.

MÓRMONS


Os adeptos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (coloquialmente conhecidos como Mórmons) não fazem uma celebração especificamente mais solene neste período, pois todos os domingos são lembrados como o dia da libertação. Não há restrições quanto ao que comer, são apenas mantidos os preceitos já praticados. A estudante de administração Susana Peixoto Vieira ressalta: “o domingo é o dia do Senhor e nesse dia não deve haver outras atividades que não as religiosas”.

CATÓLICOS


Para os católicos a festa é um grande acontecimento. Nos dias anteriores ao sábado da Páscoa se limita a ingestão de alimentos, especialmente carne vermelha, a fim de relembrar o sacrifício de Cristo. Finalmente no sábado é realizada uma celebração cheia de muita simbologia para festejar a tão esperada ressurreição do filho de Deus. Maria Paulino da Silva, ministra eucarística da paróquia Nossa Senhora de Lourdes comenta “a Páscoa é a maior festa no mundo cristão, pois fundamenta a nossa fé, revelando o poder de Jesus ao vencer a morte, instigando-nos a uma mudança de vida”.


Os cristãos veem a morte e ressurreição de Cristo como o centro de sua fé, vendo neste acontecimento o desejo de um mundo de paz e solidariedade. Até mesmo entre os não cristãos o momento torna-se oportuno para a reflexão, tirando gradativamente de ênfase o mero aspecto comercial voltado à data.

José Itamar e Naiara Carneiro

Do cordeiro ao coelho

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Cordeiro e coelho, símbolos da Páscoa

A Páscoa é uma celebração comum entre os cristãos, mas provém da cultura judaica. Vem da palavra hebraica Pessach (passagem), referindo-se à libertação dos hebreus por volta de 1250 a.C, que, sob a liderança de Moisés, saíram do Egito, atravessaram milagrosamente o Mar Vermelho e chegaram à Terra Prometida. A festa possui diversos símbolos, entre eles dois animais: o cordeiro e o coelho.

A primeira Páscoa foi festejada com cordeiro assado (simbolizando o sacrifício que era feito para perdão dos pecados), pães ázimos (sem fermento) e ervas amargas. A comemoração judaica atual não possui necessariamente o animal, mas “no centro da mesa da Páscoa fica um prato redondo com seis alimentos”, entre eles “um pedaço de osso assado (representando o cordeiro pascal)”, segundo o professor Ms. Paulo Eduardo Cajazeira de Comunicação Social - Jornalismo, pertencente à corrente judaica Sefaradi.

No Cristianismo, o próprio Cristo é o cordeiro de Deus, sacrificado para salvar o mundo. De acordo com o Padre Tarcísio de Sales, pároco da Igreja de Nova Olinda, a festa representa “a passagem da escravidão para a liberdade; da morte para a vida (...) a vitória de Cristo sobre o mal, sobre o pecado e sobre a morte.” Na visão de Rosa Leite, Missionária da Assembléia de Deus do Jardim Gonzaga - Juazeiro do Norte, “o cristão não tem obrigação de celebrar a Páscoa. A Páscoa cristã se dá com a ressurreição de Jesus e geralmente é celebrada com a Ceia do Senhor (ou Eucaristia, para os católicos).”

Atualmente a figura do cordeiro deu lugar ao famoso coelhinho da Páscoa. Mas o símbolo não é proveniente nem da cultura judaica, nem da cristã. Na verdade a lebre, e não o coelho, era considerada um animal sagrado nas culturas pagãs, representando fertilidade e do início de uma nova vida. Foi trazido para a América pelos alemães, no início do XVIII e incorporado à comemoração da Páscoa Cristã, indicando, conforme o Padre Tarcísio, “o nascer de novo, o recomeçar a cada instante”.

DÉBORA Silva Costa
HELAINE Agreilande Brito da Silva
HIGOR Rodrigues de Souza